domingo

LITERATURA HÚNGARA

     Aproveitando este tempo na Hungria, depois de tantas fotos,(estão todas no blog LUGARES) procuro descobrir algo sobre os escritores Húngaros editados no Brasil.
     Ano passado descobri Ágota Kristhof. Comprei seus livros ainda daqui, em sebos brasileiros e foi uma surpresa maravilhosa  lê-los, quando voltei ao Brasil. Até tenho postado aqui neste blog, nos meses de maio ou junho de 2009, não lembro bem, um pouco sobre esta maravilhosa escritora.
     Agora, descobri no blog  intitulado NÃO LEIA, assinado pelo escritor e professor baiano, Mayrant Gallo, uma verdadeira aula sobre escritores Húngaros. 
     Reproduzo aqui seu texto para quem se interessa em conhecer um pouco mais da literatura deste povo e, daqui mesmo, já encontrei e comprei nos sebos do Brasil algumas das obras citadas.
    Quando volto os livros já estarão lá em casa, a minha espera.

domingo, 3 de janeiro de 2010

OS HÚNGAROS



     "Sobre os escritores húngaros, um excelente livro é: Antologia do conto húngaro (4a. edição pela Topbooks, 1998), organizada pelo húngaro-brasileiro Paulo Rónai e com uma extensa e arguta introdução assinada por Guimarães Rosa.           
     Estão todos ali: Márai, Ady, Molnár, Krudy, Szép, Gelléri, Kostolányi e muitos outros. Há uma segunda antologia publicada pela EDUSP, em 1991, também organizada por Rónai e também maravilhosa: Contos húngaros.
     Novamente, Kostolányi, Molnár, Szép, Gelléri, Déry, entre outros.
      Procure ainda o volume com duas novelas de István Örkény, que nos deixam perplexos com sua atualidade: A exposição das rosas (Editora 34, 1993).
     Niki: a história de um cão, de Tibor Déry, saiu pela Veredas (2002) e faz uma poderosa crítica ao Comunismo.
     O companheiro de viagem, de Gyula Krudy, veio a público pela CosacNaify, em 2003.
   Roteiro do conto húngaro, organizado por Rónai, e claramente a base do volume Antologia do conto húngaro, é hoje uma raridade editorial, pois foi publicado em 1954, na coleção Os cadernos de Cultura, do MEC, e jamais reeditado.  Nesta obra, além dos contos, temos fotos de três ou quatro escritores, alguns dos mais célebres talvez.
     Há ainda: O tradutor cleptomaníaco, de Dezsö Kosztolányi, pela Editora 34, de 1996, que reúne alguns contos que o autor escreveu com seu alterego Kornél Esti; um livro realmente espetacular, de contos simples e profundos; já Os meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnár, recém-lançado pela CosacNaify, foi durante décadas um livro marcante para a formação do jovem brasileiro. Hoje, está meio esquecido.
     Também de Molnár, temos O poste a vapor (CosacNaify, 2005), uma novela que é uma verdadeira joia literária.
     Por fim, A tragédia do homem, de Imre Madách, peça mundialmente conhecida, foi traduzida por Paulo Rónai e publicada em 1980 pela Salamandra em coedição com a UERJ.   
     No campo da teoria, da história e crítica literárias, há poucas publicações respeitáveis, mas podemos citar:
     À sombra do quarto crescente, de Aleksandar Jovanovic, um passeio pelos temas literários e culturais dos países do Leste Europeu, entre os quais a Hungria, e, do próprio Paulo Rónai, Pois é: ensaios (Nova Fronteira, 1990) e Como aprendi português e outras aventuras (Artenova, 1975).
     Em ambos há vários ensaios sobre autores húngaros e aspectos de sua literatura e cultura. O último lançamento de autor húngaro no Brasil de que tive notícia (não sou muito de ler jornais e revistas, prefiro vagar nas livrarias e achar por mim mesmo os "melhores" autores e livros), além, é claro, das obras de Imre Kertész e Sandor Márai, regularmante publicadas por aqui há anos, foi O viajante e o mundo da lua (Ediouro, 2007), de Antal Szerb.
     Bem, era isso. Não é certamente tudo, mas é um caminho para esse pequeno país de grandes escritores que é a Hungria."



Postado por Mayrant Gallo às 10:44 AM

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